Por que países pediram que a COP30 não fosse realizada em Belém
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COP 30 acontecerá no Brasil - Imagem de AJ Notícias |
🌍 Preocupações de países vulneráveis
Delegações africanas e de ilhas do Pacífico manifestaram preocupação formal com os custos de hospedagem em Belém, que chegam a US$ 700 por noite para hotéis padrão. O valor excede o limite diário de subsistência de US$ 149 fornecido pela ONU a nações mais pobres. Esses países temem que a alta despesa force cortes nas delegações ou até ausência completa.
🧳 Logística e infraestrutura insuficiente
Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro vinham sendo consideradas como alternativas devido à infraestrutura mais robusta. A baixa capacidade hoteleira (cerca de 18 mil leitos para um evento previsto com mais de 45 mil participantes), transporte limitado e tarifas aéreas elevadas tornaram Belém uma escolha arriscada para muitos participantes.
📣 Reunião emergencial da ONU
Em 29 de julho de 2025, o “Cop Bureau” da ONU realizou reunião de emergência para debater o tema dos custos e acessibilidade ao evento. Representantes foram informados de que o Brasil lançaria medidas até 11 de agosto para assegurar acomodação inclusiva.
🏨 Medidas adotadas pelo Brasil
Para atender às demandas, o governo federal contratou dois navios de cruzeiro com cerca de 6 mil leitos adicionais e lançou plataforma de reserva com quartos bloqueados para países em desenvolvimento custando entre US$ 100 e US$ 220 por noite. Embora melhorias tenham sido feitas, ainda enfrentam dificuldade para acomodar todos os delegados.
🛣️ Críticas ambientais e coerência simbólica
A construção da rodovia Avenida Liberdade, cortando 13 km de floresta protegida para facilitar o acesso à cidade, gerou críticas por parecer contraditória para um evento focado na preservação da Amazônia. Muitos consideram que ela vai contra os princípios climáticos defendidos na conferência.
📝 Alternativas discutidas
Ao longo de 2024, parte da equipe de governo considerou transferir algumas reuniões técnicas ou plenárias para São Paulo ou Rio de Janeiro. A ideia seria concentrar em Belém apenas a abertura com líderes mundiais, e usar outras cidades para eventos paralelos.
✅ Conclusão
Caso mal gerenciado, a escolha de Belém como sede da COP30 gerou protestos de países mais vulneráveis, preocupação com o acesso equitativo ao evento e críticas à infraestrutura local. O governo brasileiro busca mitigar os impactos, mas os riscos logísticos seguirão no centro do debate até novembro.