Por que Kim Jong‑un ordenou que tropas se preparem para “guerra real”
Introdução: Em 23 de julho de 2025, Kim Jong‑un supervisionou exercícios de artilharia e ordenou que as tropas estejam preparadas para uma “guerra real”. Esta matéria explica o que isso significa, o contexto militar e diplomático, e os riscos para a estabilidade na região.
O que foi ordenado
Kim Jong‑un assistiu a um torneio de artilharia e exigiu que as tropas estejam prontas para “guerra real a qualquer momento”, “capazes de destruir o inimigo em cada batalha”.
Detrimento geopolítico e apoio à Rússia
O chamado ocorre em meio à crescente cooperação militar com a Rússia, que incluiu o envio de cerca de 10 000 soldados, mísseis e artilharia para a Ucrânia. Estima-se que 600 norte‑coreanos morreram, milhares ficaram feridos e parte do fornecimento militar foi trocada por tecnologia russa.
Qual o significado militar?
- Testes de prontidão: os exercícios testam resposta rápida a alvos imprevistos em ambiente costeiro.
- Treinamento intensivo: Kim designou 2025 como ano de treinamento militar prático e realista.
Transformações e capacidades adquiridas
A experiência em guerra real no front ucraniano permitiu reconhecimento em campo, refinamento de táticas e uso de drones e foguetes com apoio russo — resultado de trocas tecnológicas.
Riscos regionais
- Escalada militar: maior militarização com artilharia e tropas treinadas aumenta risco de confrontos com Coreia do Sul, Japão e EUA.
- Desestabilização diplomática: provoca respostas em cadeia, com aliados regionais se sentindo ameaçados ao longo da Península Coreana.
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A aliança Rússia–Coreia do Norte fortaleceu-se com fornecimento de munições e envio de tropas, em troca de tecnologia e suporte militar. O progresso no porto de Sohae e no programa espacial também integra essa estratégia.
Conclusão
O chamado de Kim Jong‑un para preparar tropas para guerra real é parte de uma estratégia mais ampla, com ganhos militares práticos na guerra da Ucrânia e acordos militares com a Rússia. Isso representa risco crescente na Ásia‑Pacífico, forçando Coreia do Sul, Japão e EUA a reforçarem sua postura defensiva. O mundo observa se essa retórica se transformará em ações.